sexta-feira, 1 de abril de 2011

Me dê um chute no saco, não me venha falar abobrinha.

Opiniões de lado, a realidade é imbatível. Custo conseguir parar e ouvir alguém dizer algo que nem ao menos sabe o significado, e continuar insistindo nisso. Dói. Eu falo muita merda, mas consigo ver o quão ridículo sou capaz de ser. É fato que todos gostam de se expressar, é até bom, interessante, e coisas do tipo. Mas convenhamos, não é de tanto errar que tornaremos certo.
Eu to grilado. Sou intolerante, ignorante, e impaciente. Acho que ainda aprendo a ter mais calma, e disposição, mas no momento só vou falar.
É chato ficar ouvindo sempre a mesma coisa sobre o país. As mazelas e descasos, corrupção e malandragem. A primeira coisa que me irrita é sempre ter alguém que acha que se dar bem a qualquer custo é legal, coisa de gente esperta, inteligente, uma coisa normal, natural do ser humano, um instinto, até. Que se lasque esse instinto, ou vá morar no zoológico. Infelizmente vivemos em uma sociedade, e as pessoas são ela, e não as regras, os bens, as negociações, o tempo. Se ferirmos a sociedade, ferimos a nós mesmo, de um modo geral, pois, nada melhor que um fazer, e contar vantagem, para que outros tantos tentem imitar. Não apoio o estilo de vida que ditam na TV, nas rodinhas, no cinema, e etc. A vida é muito mais que uma história planejada, tomando por base que a felicidade é alcançada com o maior número de sonhos, ou posses conquistadas. Vivemos assim, nos satisfazendo com o que adquirimos, mas a insatisfação continua, pois o mercado sempre tem algo melhor para oferecer. Estamos presos nisso, que somos piores se não tivermos o melhor. O melhor emprego, o melhor carro, a melhor casa, a melhor família, mesmo que ela seja só de fachada. Isso dói mais ainda. A quem estamos satisfazendo? Os olhos dos outros? O nosso ego? Não sei te dizer, mas que é chato, é. Não quero falar sobre isso, por que não tenho a intenção de ser algo do tipo “auto-ajuda”, eu nem me importo com você. Sério. Mas não é por que você não se importa comigo, ou que eu queira que se danem, é porque não vejo por que me importar com quem não se importa consigo mesmo.
Mas o que eu quero falar é sobre política. Como conversei com uma pessoa dias atrás, e ela me esclareceu certas coisas.
O Brasil está do modo que está, devido ao modo como fomos colonizados, e como viemos sendo levados até aqui. E ainda somos muito jovens, compare a idade do país com outros de fora, e vai ver que temos que nos solidificar muito, desenvolver bastante o pensamento, talvez com sangue, e suor, ou com atitudes, e uma postura séria quanto ao futuro, e a realidade atual. Não adianta meter o pau no país, ele não é formado por políticos, ou bandidos, e malfeitores, é formado pelo povo. As pessoas são o país. O que mais vejo é dizerem ser de outra nacionalidade, só por seus tetravôs terem nascido lá no quinto. Hoje em dia, acho que mesmo que se eu tivesse nascido lá nos quinto, mas se tivesse crescido, e sido criado aqui, teria a capacidade de dizer ser brasileiro, não por orgulho e amor, mas com consciência que faz parte de mim, de minha história, de minha formação. Eu sou o país, quem mais o seria, senão o próprio indivíduo? É como dizem na escola, ”não é a escola que faz o aluno, é o aluno que faz a escola”. Alguma coisa existiria senão por nós? Agora, por que não para nós? Não estamos nem aí para nós mesmo, sempre está bom como está quando se tem que fazer algo, ou alguém tem que fazer algo por isso, para mudar isso, porque é uma vergonha. Onde vai parar isso, se continuam esperando o outro ir. Na merda, mais profunda que a que já se encontra. Nem sei se falei alguma coisa, mas a intenção é a seguinte: não há por que chorar por algo, e nem reclamar e dizer mil coisas, se nenhuma atitude vai ser tomada. O melhor é conversar e aprender mais sobre si mesmo, ter o mínimo interesse por uma luta pelo certo. Diminuir o pensamento elitizado, fazemos parte da sociedade, mesmo não possuindo bens. Somos todos seres humanos no final. E não adianta reclamar e comparar o Brasil com países desenvolvidos, não temos bagagem, mas acredito estarmos mudando, crescendo.
Ainda somos abusados, e subjugados, mas só o povo, pode se transformar, afinal, de onde vêm os nossos representantes? Do meio de nós, ou de outro planeta?